O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (24) que é "urgente que um grupo de países, não envolvidos no conflito, assuma a responsabilidade de encaminhar uma negociação para restabelecer a paz" no leste europeu. Hoje completa um ano desde que a Rússia invadiu o território ucraniano.
Lula deu a declaração nas redes sociais:
"No momento em que a humanidade, com tantos desafios, precisa de paz, completa-se um ano da guerra entre a Rússia e a Ucrânia . É urgente que um grupo de países, não envolvidos no conflito, assuma a responsabilidade de encaminhar uma negociação para restabelecer a paz", escreveu o presidente do Brasil.
No mês passado, o petista afirmou que pretende manter a neutralidade em relação à guerra. Para ele, a invasão da Ucrânia pela Rússia foi um "erro crasso", mas "quando um não quer, dois não brigam".
Lula também afirmou que não tem interesse de contribuir com armamento. "O Brasil não quer ter qualquer participação, mesmo que indireta".
Putin e Zelensky
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, Lula deve telefonar para o presidente da Rússia, Vladimir Putin e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky na próxima semana.
“Acho que, na próxima semana, se não me engano, está já acertado um telefonema para o presidente da Ucrânia e com o presidente da Rússia. Ele [Lula] já falou antes, inclusive, logo depois de ter sido eleito. Portanto, ele [Lula] tem esses contatos, esses telefonemas e utilizará no momento oportuno”, disse Vieira à TV Globo.
Um ano de guerra
Nesta sexta-feira (24), a guerra entre Rússia e a Ucrânia completa um ano. O conflito deixou 42,2 mil mortos, 56,7 mil feridos e outros 15 mil desaparecidos, segundo dados da Agência Reuters. Em compensação, Kiev conseguiu evitar o domínio russo sobre suas terras e, agora, mantém a disputa pela região de Donbass, tomada pelo Exército de Putin.
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