A direção do Republicanos
decidiu iniciar o governo Lula
na neutralidade para evitar desgastes com o presidente Jair Bolsonaro
(PL) e com o futuro governo. A intenção do partido é sentir o termômetro político para definir se será oposição ou fará parte da base aliada.
Segundo apurou o Portal iG, os caciques da sigla conversaram para saber quais caminhos deveriam seguir a partir de 2023. A primeira intenção foi se colocar à disposição para apoiar os projetos de Lula. No entanto, algumas lideranças destacaram que a legenda elegeu uma base bolsonarista, o que poderia rachar a agremiação.
Além da preocupação em perder força, principalmente nas eleições 2024, o Republicanos não possui total certeza que terá respaldo do governo Lula para se manter forte. Por conta disso, chegou-se a conclusão que a melhor decisão era manter a neutralidade e dar independência aos seus parlamentares.
O entendimento que a maioria aceitará fazer parte da base de Lula, o que facilitará o diálogo com o futuro governo. E os bolsonaristas que seguem na legenda terão total liberdade para serem oposição e manterem seus posicionamentos a favor do atual presidente.
A direção do Republicanos só reavaliará sua decisão no segundo semestre do ano que vem. Caso ganhem prestígio e ministérios na próxima gestão do governo federal, a tendência que a sigla faça parte da base aliada. Porém, se Lula tiver alta rejeição do Congresso, o partido se colocará como oposição.
Republicanos de olho em parlamentares do PL
O PL se colocou como oposição ao futuro governo, além de dizer que Bolsonaro seguirá como a principal liderança do partido. O Republicanos soube que, ao menos, 40 deputados não concordaram com a decisão e cogitam deixar a legenda para fazer parte da base de Lula.
A agremiação presidida por Marcos Pereira quer ser um dos possíveis destinos desses parlamentares. Na avaliação dos caciques do Republicanos, é importante aumentar a bancada para negociar suas pautas com o governo federal.
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