Damares Alves e Michelle Bolsonaro
Reprodução: redes sociais - 14/10/2022
Damares Alves e Michelle Bolsonaro

A ex-ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) , Damares Alves (Republicanos) , afirmou nesta quarta-feira (19), em evento de campanha em São Paulo que um tiro disparado contra uma igreja em Fortaleza tinha  Michelle Bolsonaro  como alvo. No entanto, Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social nega que uma organização criminosa tenha atirado contra a primeira-dama .

O caso aconteceu na sexta-feira (14), no bairro Sapiranga, onde a esposa do presidente e a senadora eleita iriam participar de um evento. O tiro alcançou o muro da igreja onde elas tinham o compromisso. No momento do disparo, Damares e Michelle não estavam presentes.

"Vocês sabem que deram tiros na igreja em que a gente estava. Aqueles tiros eram para Michelle", disse a senadora, sem apresentar provas, durante ato de campanha para Tarcísio Freitas (Republicanos), que concorre ao cargo de governador em São Paulo nestas eleições .

A ex-ministra responsabilizou a esquerda pelo tiro “Querer matar a Michelle, não tem lógica. Uma mulher que só faz o bem. Até onde vai o ódio desta esquerda sanguinária no Brasil?”.

Segundo nota da SSPDS ( Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social ), as investigações não se relacionam com essa hipótese mencionada por Damares. Além disso, não há indícios, de acordo com o órgão, de que o tiro tenha sido realizado a mando de uma facção criminosa.

"Não procedem insinuações de que ele integraria organização criminosa e que teria praticado o ato inspirado em ocorrência que teria sido registrada no Rio de Janeiro."

Ainda segundo as autoridades do Ceará, um homem de 22 anos, autor do disparo, foi preso e se identificou como vigilante. Ele não tinha antecedentes criminais e usou um revólver calibre 38.

Após o pagamento de fiança, o homem foi liberado. "As apurações seguem em andamento visando identificar a motivação do crime", diz nota divulgada pela SSPDS. 

Denúncias de Damares

No dia 8 de outubro, a ex-ministra afirmou durante um culto em Goiânia, que crianças da Ilha de Marajó estavam sendo traficadas e tinham os dentes “arrancados pra elas não morderem na hora do sexo oral”. Ela também afirmou que eles só se alimentam de “comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal”.

Damares afirmou, ainda, que “explodiu o número de estupros de recém-nascidos” e que no MMFDH há imagens de crianças de oito dias de vida sendo estupradas. De acordo com a ex-ministra, um vídeo de estupro de crianças é vendido por preços entre R$ 50 e R$ 100 mil.

Após as declarações, o Ministério Público Federal (MPF)  determinou que o Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos explique detalhadamente as denúncias feitas por Damares. O MMFDH pediu 30 dias para apresentar os documentos. 

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