Ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi preso nesta quarta-feira (22)
Alan Santos/PR
Ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi preso nesta quarta-feira (22)

A prisão preventiva do ex-ministro da Educação e pastor presbiteriano Milton Ribeiro , em operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira, repercutiu mal entre os integrantes da bancada evangélica. Até agora, os líderes religiosos evitaram sair em defesa de Ribeiro e reconheceram que a ação representa uma mancha para o segmento, apesar de a considerarem um fato isolado.

O coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) classificou a operação como "lamentável", mas a citou como prova de que o  governo Bolsonaro não tolera a corrupção.

"Lamentável, mas necessária para demonstrar que o atual governo não vai tolerar nenhuma prática ilícita, seja de quem for. Que sirva de exemplo para quem quer que seja, neste governo tudo é investigado e punido rapidamente", afirmou o parlamentar. Ele também relembrou que desde que estourou o escândalo do MEC, em março, defendeu o afastamento e a investigação sobre a gestão de Ribeiro. E que, caso fosse considerado culpado, ele deveria ser "exemplarmente punido ao rigor da lei".

O deputado Marco Feliciano (PL-SP), que também faz parte da diretoria da Frente, afirmou que "hoje é um dia muito triste para a Igreja Evangélica de vertente Pentecostal". "Nos resta apenas aguardar os desdobramentos", afirmou ele em suas redes sociais. Como pastor itinerante, Feliciano já foi próximo do pastor Gilmar Santos, que foi alvo de mandados de buscas e apreensão nesta quarta-feira.

A operação desta quarta-feira foi autorizada pela 15ª Vara Federal do Distrito Federal e apura crimes como corrupção e tráfico de influência durante a gestão de Milton Ribeiro. A investigação teve início no Supremo Tribunal Federal, mas foi enviada à primeira instância depois que Ribeiro deixou o cargo de ministro da Educação do governo Bolsonaro.

No total, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco prisões preventivas nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal, além de medidas cautelares como a proibição do contato entre os investigados. Até o final da manhã, todas as cinco prisões foram efetivadas.

O prédio do MEC foi um dos locais de buscas em Brasília. Em nota, a pasta afirmou que vai colaborar com as investigações e que o governo federal "não compactua com qualquer ato irregular".

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