Sérgio Cabral foi condenado pela décima sexta vez
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Sérgio Cabral foi condenado pela décima sexta vez

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral , foi condenado por receber R$ 144 milhões em propina da Fetranspor (Federação das Empresas de Ônibus do Estado do Rio). É a 16ª condenação de Cabral em crimes investigados pela Operação Lava Jato.

O juiz Marcelo Bretas condenou Cabral a 19 anos e 9 meses de prisão por corrupção passiva, no processo da Operação Ponto Final 1. Com isso, a pena total do ex-governador chega a 321 anos, 1 mês e 18 dias de prisão.

De acordo com a denúncia do MPF , integrantes do alto escalão da Fetranspor pagaram R$ 144,7 milhões em propina ao então governador Sérgio Cabral em troca de uma “boa vontade” do governo para que o governo beneficiasse o setor de transportes.

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A Lava Jato diz que os valores milionários recebidos foram ocultados e movimentados ao largo do sistema bancário oficial, recolhidos nas garagens de empresas de ônibus vinculadas à Fetranspor e custodiado em empresas transportadoras de valores. 

Além do ex-governador, foram condenados outros pertencentes do alto escallão da Fetranspor, sendo 28 anos e 8 meses a maior pena de prisão. São eles:

 Jacob Barata Filho, dono de várias empresas de ônibus – condenado a 28 anos e 8 meses de prisão

  • Marcelo Traça, empresário de ônibus, foi vice-presidente do Conselho de Administração da Fetranspor – condenado a 24 anos, 9 meses e 10 dias de prisão. Traça fechou acordo de delação premiada e a pena será convertida nos termos do acordo
  • João Augusto Moraes Monteiro, empresário de ônibus, foi presidente do Conselho de Administração do Rio Ônibus - condenado a 17 anos, 9 meses e 26 dias de prisão
  • Eneas da Silva Bueno, foi diretor financeiro do Rio Ônibus - condenado a 4 anos, 4 meses e 15 dias de prisão
  • Octacilio de Almeida Monteiro, foi vice-presidente do Rio Ônibus - condenado a 4 anos, 4 meses e 15 dias de prisão

 Também foram condenados neste processo:

  •  Luiz Carlos Bezerra, operador financeiro de Sérgio Cabral – condenado a 5 anos e 9 meses de prisão
  • Márcio Marques Pereira de Miranda, funcionário da Prosegur – condenado a 5 anos e 3 meses de prisão
  • David Augusto da Camara Sampaio, funcionário da TransExpert – condenado a 5 anos e 3 meses de prisão. 


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