A destruição foi causada pelos ataques aéreos israelenses no bairro de Al Remal, no centro da Cidade de Gaza
Marwan Sawwaf/Alef MultiMedia/Oxfam - 10/10/2023
A destruição foi causada pelos ataques aéreos israelenses no bairro de Al Remal, no centro da Cidade de Gaza

O movimento fundamentalista islâmico Hamas aceitou nesta terça-feira (11) a resolução apresentada pelos Estados Unidos para  um cessar-fogo na guerra no Oriente Médio anunciada pelo presidente Joe Biden e aprovada no Conselho de Segurança da ONU.

Em declaração à agência Reuters, Sami Abu Zuhri, um alto funcionário do Hamas, explicou que o grupo está pronto para negociar os detalhes do acordo, acrescentando que cabe a Washington garantir que Israel o respeite.

"A administração dos EUA enfrenta um verdadeiro teste para cumprir os seus compromissos de obrigar a ocupação a acabar imediatamente com a guerra na implementação da resolução do Conselho de Segurança da ONU", afirmou Zuhri.
De acordo com o alto funcionário, o Hamas aprova a fórmula que estabelece um processo gradual, em três fases, que envolvem a retirada das tropas israelenses, o fim permanente das hostilidades e a libertação de todos os reféns.

A confirmação é feita um dia após o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se reunir com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, "que reafirmou o seu compromisso com o acordo de cessar-fogo proposto", segundo o norte-americano.

O chefe da diplomacia dos EUA, que visita o território israelense, classificou também como "um sinal de esperança" a reação do Hamas, que já havia saudado a resolução aprovada no Conselho de Segurança da ONU.

Em Tel Aviv, Blinken deve se reunir com autoridades israelenses nesta terça para continuar as conversas sobre os planos para Gaza e intensificar os esforços para encerrar a guerra contra o Hamas, deflagrada desde o dia 7 de outubro, quando o grupo atacou o território israelense.

Biden, inclusive, convidou o Hamas a "demonstrar" que realmente quer uma trégua na Faixa de Gaza, aceitando o acordo proposto no plano americano para "estabelecer um cessar-fogo com a libertação dos reféns israelenses".

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