O governo brasileiro repudiou publicamente o ataque aéreo israelense, ocorrido em 1º de abril, na região de Deir el-Balah, na Faixa de Gaza, que matou sete trabalhadores da ONG humanitária World Central Kitchen (WCK).
Em uma nota pública, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) , diz "deplorar" também as mortes de civis e trabalhadores de saúde palestinos e os danos causados por ação militar que resultou na destruição do hospital Al-Shifa, e lembra que o local é fundamental para assistência médica à população de Gaza.
No texto, o MRE também expressa solidariedade aos palestinos e aos demais países de nacionalidade das vítimas e lamenta que mais de 200 agentes humanitários tenham sido mortos no enclave desde outubro de 2023. Entre as vítimas, estavam nacionais da Austrália, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e Polônia.
Repúdio à ação militar
O governo brasileiro aproveitou para reiterar seu repúdio a toda e qualquer ação militar contra alvos civis, sobretudo aqueles ligados à prestação de ajuda humanitária e de assistência médica, além de destacar a importância de um cessar-fogo.
Veja a nota na íntegra
"O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda consternação, de ataque aéreo israelense, ocorrido em 1º de abril, na região de Deir el-Balah, na Faixa de Gaza, no qual sete trabalhadores da ONG humanitária World Central Kitchen (WCK) foram mortos. Deplora também as mortes de civis e trabalhadores de saúde palestinos e os danos causados por ação militar das últimas semanas, que resultou na destruição do hospital Al-Shifa, em contexto no qual a assistência médica à população de Gaza é fundamental.
Ao expressar sua solidariedade ao povo da Palestina e dos demais países de nacionalidade das vítimas (Austrália, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Polônia), sobretudo a seus familiares, o Brasil lamenta que mais de 200 agentes humanitários tenham sido mortos na Faixa de Gaza desde outubro de 2023. Esse número é o maior da história da ONU e representa, em menos de seis meses de conflito, quase três vezes mais vítimas entre trabalhadores humanitários do que jamais registrado em um único conflito, no período de um ano.
O governo brasileiro reitera o firme repúdio a toda e qualquer ação militar contra alvos civis, sobretudo aqueles ligados à prestação de ajuda humanitária e de assistência médica. Reitera a importância do cumprimento da demanda de um cessar-fogo imediato contida na resolução 2728 do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em 25 de março. E recorda o caráter obrigatório das medidas cautelares proferidas pela Corte Internacional de Justiça, em 26 de janeiro, e ampliadas, em 28 de março, no âmbito do processo instaurado contra Israel, com base na Convenção para a Repressão e Punição do Crime de Genocídio."
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