O FMI (Fundo Monetário Internacional)
aprovou, nesta quinta-feira (1º), um desembolso de US$ 4,7 bilhões (R$ 23,34 bilhões) para a Argentina
. A liberação faz parte da revisão do programa de refinanciamento de US$ 44 bilhões (R$ 218 bilhões) ao país sul-americano.
Em nota, o FMI elogiou as medidas tomadas pelo governo do presidente Javier Milei para restaurar a estabilidade macroeconômica e enfrentar desafios ao crescimento. Ainda assim, o Fundo afirmou que o caminho para a establização é longo. "As metas do programa foram modificadas, de acordo com as ações iniciais e os planos ambiciosos das autoridades para colocar o programa de volta nos trilhos”, disse o Fundo.
“O novo governo está tomando medidas ousadas para restaurar a estabilidade macroeconômica e começar a lidar com os obstáculos de longa data ao crescimento”, ressaltou a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva. No comunicado, a diretora ainda citou a "herança difícil" assumida pelo atual presidente argentino.
Nas últimas semanas, Milei retirou algumas medidas de austeridade importantes de um pacote de reforma abrangente para apaziguar os legisladores. No entanto, o ministro da Economia, Luis Caputo, garantiu que a Argentina ainda cumprirá sua meta de “déficit zero”.
Mesmo com o apoio do Fundo, o FMI, no início desta semana, reduziu sua estimativa de crescimento para a Argentina, prevendo uma contração de 2,8% no PIB este ano, devido ao aumento da inflação. Anteriormente, a previsão era de expansão de 2,8%. Milei, por sua vez, pressionado por um "ajuste significativo de políticas” para enfrentar os desafios econômicos do país.