Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
Haim Zach / GPO via Getty Images
Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu


O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, confirmou à imprensa de Tel Aviv, em Israel, que a Casa Branca deseja oficializar uma pausa humanitária no conflito contra o grupo extremista Hamas, na Faixa de Gaza. 

Blinken se encontrou com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e disse aos jornalistas que “nós precisamos fazer mais para proteger os civis palestinos”, reforçando o apoio estadunidense a Israel, enquanto reafirma que “a forma como Israel se defende importa”. “Quando olho para eles [crianças palestinas], quando olho para seus olhos na tela da TV, vejo minhas próprias crianças”, disse o Secretário. 

“Isso não é sobre lidar com o Hamas nos termos de se defender fisicamente. É sobre ter certeza que o 7 de outubro não se repita, mas também é sobre se defender da ideia, uma ideia pervertida, e nós temos que combater isso com uma ideia melhor. Com uma visão melhor de como o futuro pode ser, e demonstrar que estamos dispostos a alcançá-lo”, afirmou Blinken aos jornalistas.

O número de mortos na Faixa de Gaza já ultrapassou 9 mil - dos quais 3,7 mil eram crianças. Além disso, os ataques deixaram mais de 32 mil feridos, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza nesta sexta-feira (2). 


Há ainda um total de 1.900 feridos e 111 mortos na Cisjordânia. Em Israel, até o momento, foram contabilizados 1,4 mil mortos durante o ataque do Hamas em 7 de outubro. Somando tudo, o conflito deixou um imenso rastro de sangue e destruição de moradias, dizimando a vida de 10.572 pessoas no Oriente Médio e deixando outros tantos feridos e sem teto.

O cerco de Israel à Faixa de Gaza, que cortou as comunicações e eletricidade, também impede a entrada e saída tanto de pessoas como de mantimentos (água, comida, combustível e ítens básicos de higiene). O cenário dramático levou a  Organização das Nações Unidas (ONU) a emitir alertas para uma iminente escassez “catastrófica” de alimentos.

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