Em meio ao imenso número de vítimas fatais devido à guerra entre Israel e o Hamas, que tem feito muitos mortos não identificados serem enterrados como indigentes em valas comuns, famílias palestinas da Faixa de Gaza têm usado pulseiras de identificação - especialmente nas crianças - para localizar os corpos em caso de bombardeios.
A guerra causou a necessidade de acelerar os ritos funerários muçulmanos, de modo que clérigos locais autorizaram a realização dos enterros em massa. Além disso, antes dos sepultamentos, os médicos da região têm guardados fotos e amostras de sangue dos mortos, que recebem números, para possibilitar a identificação após os enterros.
Outra estratégia adotada pela população é espalhar as famílias para reduzir a chance de todos morrerem caso um bombardeio atinja o local onde estão abrigados, desde que Israel declarou guerra ao grupo extremista Hamas.
Até o momento, cerca de 8 mil pessoas morreram, a maior parte na Faixa de Gaza - desse total, mais de 2.700 vítimas fatais são crianças.
Apenas nas últimas 24 horas 756 palestinos (incluindo 344 crianças) foram mortos por ataques das forças de Israel. Mesmo diante de um número de vítimas sem precedentes, o cenário deve piorar, visto que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou o início de uma ofensiva por terra na Faixa de Gaza .