A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) informou nesta segunda-feira (16) que "pessoas que se autodenominam" membros do grupo fundamentalista islâmico Hamas "apreenderam gasolina e equipamentos médicos" da sua base na Cidade de Gaza.
"Nosso pessoal foi forçado a evacuar a sede na Cidade de Gaza com apenas algumas horas de antecedência durante a noite de sexta-feira, 13 de outubro", diz texto da UNRWA nas redes sociais.
Desde então, a agência da ONU explica que não teve acesso ao complexo e não teve mais detalhes sobre a remoção dos bens.
"O combustível e outros materiais da UNRWA são armazenados para fins estritamente humanitários e qualquer outro uso é fortemente condenado", acrescenta.
Em nota, a agência afirmou ainda que "continua a defender que o direito humanitário internacional e a proteção dos civis sejam respeitados", além de manter esforços para o acesso humanitário e a suprimentos críticos já posicionados para atravessar Gaza através de Rafah, incluindo alimentos, água, suprimentos médicos, combustível e produtos não alimentares.
O chefe da agência, Philippe Lazzarini, informou que 14 funcionários da UNRWA foram mortos em decorrência dos ataques de Israel contra Gaza, apesar de o número provavelmente ser maior. "O mundo perdeu a sua humanidade", enfatizou.
Segundo comunicado, "não há sacos suficientes para os mortos em Gaza", que permaneceu sem eletricidade, à beira do colapso e com a insegurança alimentar agravada".
A UNRWA reitera que mais de um milhão de pessoas, quase metade da população total de Gaza, foram deslocadas. Entre aqueles que foram forçados a abandonar as suas casas, "600 mil estão na zona central, em Khan Yunis e Rafah", e destes "quase 400 mil estão em instalações da agência".