As brigadas Qassam, o braço armado do Hamas, divulgaram um vídeo em que uma mulher e duas crianças teriam sido liberadas. A filmagem foi divulgada pela rede Al Jazeera ontem à noite.
Feita à distância, a gravação mostra homens - que podem ser soldados do Hamas - indo embora após deixar as três pessoas em uma região que pode ser a fronteira entre Gaza e Israel. A localização ou a identidade das pessoas liberadas ainda não foram confirmadas.
Em comunicado divulgado pela agência de notícias AFP, o grupo armado afirmou que uma "colona israelense e suas duas crianças foram libertadas depois que foram detidas durante os conflitos". Assista o vídeo da Al Jazeraa logo abaixo.
Segundo o governo de Israel, a divulgação tem como objetivo tentar mudar a imagem do Hamas no conflito. Em um contraponto chocante, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, divulgou imagens de bebês que foram assassinados nos ataques do grupo Hamas a Israel , iniciados no último sábado (07)
Além disso, o governo faz questionamentos sobre a data de filmagem e a estratégia por trás da publicação das imagens da liberação da mulher e criancas.
"Depois que todo o mundo viu a face feia e verdadeira deles como uma organização que executou centenas de crianças e mulheres inocentes em um ataque terrorista e massacre hediondo, o Hamas está tentando mudar a verdade através da teatralidade de divulgar um vídeo de propaganda pelos seus meios de comunicação", afirmou Avichay Adraee, porta-voz dos militares israelenses, para a mídia árabe, por meio do X (antigo twitter).
"A verdade é clara e óbvia, e seus detalhes vão se tornar mais claros nos próximos dias. O Hamas é pior que o Estado Islâmico, e nós vamos continuar a atacá-lo de maneira dura e sem pausas", ele acrescentou.
Estimativas apontam que cerca de 150 reféns foram capturados pelo Hamas no sábado, quando começaram os ataques contra Israel. Os ataques, combates e os subsequentes bombardeios israelenses no território de Gaza mataram, no total, mais de 2.500 pessoas - incluindo centenas de civis - e feriram mais de 5.000. A agência de refugiados das Nações Unidas afirma que cerca de 250 mil pessoas foram deslocadas no enclave palestino, que foi colocado sob cerco pelas forças israelenses.