Um terremoto de magnitude 6,8 graus na escala Richter atingiu o Marrocos nesta sexta-feira (8) e deixou mais de mil mortos e 400 feridos, dos quais 51 estão em estado grave. O poderoso sismo derrubou prédios perto da cidade turística de Marrakech, segundo o balanço oficial do país.
O terremoto assolou o país no meio da noite e provocou o colapso de diversos edifícios, especialmente entre municípios do sudoeste, como o de al Haouz, Taroudant, Chichaoua, Ouarzazate e Marrakech.
O choque também pode ser sentido na capital Rabat, a centenas de quilômetros de distância, e também em cidades próximas ao Mediterrâneo como Casablanca ou Essaouira, até mesmo no país vizinho, a Argélia.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o sismo foi de 6,8 graus de magnitude e ocorreu a uma profundidade de 18,5 quilômetros, com epicentro 71 quilômetros a sudoeste de Marrakech às 23h11, horário local (22h11 GMT).
O Ministério do Interior afirmou que as autoridades mobilizaram “todos os recursos necessários para intervir e ajudar nas zonas afetadas”.
Os hospitais do epicentro estão com "fluxo maciço" de feridos e o governo pede que a população ajude com transplantes sanguíneos.
Ajuda internacional
O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, expressou suas condolências ao país vizinho. O chanceler do país, José Manuel Albares, disse durante a cúpula do G20 que equipes de resgate estão à disposição para ajudar na emergência no Marrocos.
"A Espanha ofereceu ao Marrocos, se julgar necessário, tanto sua capacidade de resgate, que nesses momentos é a mais importante, quanto sua capacidade de reconstrução, uma vez passado esse momento. O que é importante agora é salvar o maior número possível de vidas", disse Albares aos repórteres na cúpula do G20 na Índia.
Na França, o presidente, Emmanuel Macron, disse estar “chocado” e manifestou sua solidariedade. Benoît Payan, prefeito de Marselha, uma cidade portuária mediterrânea no sul da França, disse que enviaria bombeiros ao Marrocos para ajudar nos esforços de resgate.
Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da Ucrânia, Volodymyr Zelensky; e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também expressaram as suas condolências e solidariedade. A União Africana expressou a sua “grande dor” pela tragédia.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse estar “extremamente triste com a perda de vidas”.
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