Um pedaço de dedo humano foi enviado dentro de uma caixa à sede da presidência da França, o Palácio do Eliseu, nesta semana. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (13), e o pacote era destinado a Emmanuel Macron. O Ministério Público francês informou que abriu uma investigação sobre o caso, mas estima-se que o dedo pertencia ao remetente, que sofre de problemas psiquiátricos, segundo a Agence France-Presse (AFP).
Diariamente, uma equipe de 70 pessoas monitora e examina entre mil e 1.500 e-mails e cartas enviadas a Macron. A presidência francesa, contatada pela AFP, não se pronunciou até o momento.
Convulsões sociais na França
O episódio ocorre em um momento de pressão para o governo de Macron: no fim de junho, a França somou quase uma semana de choque nas ruas de Paris e outras cidades francesas, quando manifestantes tomaram as ruas em reação à morte de Naël, um jovem argelino de 17 anos, baleado e morto por um policial durante uma blitz. Estima-se que os custos com os danos causados somam 1 bilhão de euros, cerca de R$ 5,2 bilhões.
No domingo (9), o governo francês chegou a proibir a venda e o uso de fogos de artifício durante o feriado nacional do Dia da Bastilha, comemorado em 14 de julho, por temer o uso em novos protestos. Geralmente, os fogos de artifício são disponibilizados gratuitamente à população francesa para a comemoração, mas também são, por vezes, utilizados durante confrontos com a polícia, como ocorridos durante as últimas noites de conflito.