Após ser detida no aeroporto de Bali, na Indonésia, em posse de quase 3 quilos de cocaína , Manuela Vitória de Araújo Farias, brasileira de 19 anos, foi julgada nesta quinta-feira (8) e recebeu uma sentença de 11 anos de prisão, além do pagamento de 1 bilhão de rúpias indonésias (cerca de R$ 300 mil).
A defesa de Manuela considerou o veredito um "milagre", já que o país prevê penas mais severas, como prisão perpétua e até mesmo a pena de morte, para casos de tráfico de drogas.
Em maio, o Ministério Público da Indonésia havia solicitado uma pena de 12 anos de prisão para a jovem. Manuela, que partiu de Florianópolis para Bali em dezembro de 2022, com a droga apreendida em sua bagagem, permanece presa.
Com a condenação, ela cumprirá a pena em regime fechado no país e não há possibilidade da pena ser cumprida no Brasil, mas há a perspectiva de progressão de regime no futuro.
O julgamento na Indonésia teve início em abril, dois meses após Manuela ser acusada formalmente de tráfico de drogas.
A jovem foi encontrada com 3 quilos de cocaína e considerada como "mula" que transportava drogas para o país, sendo enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que lhe ofereceu férias e aulas de surfe, segundo a defesa.
Após sua prisão, Manuela conseguiu entrar em contato com sua família com a ajuda da Embaixada do Brasil no país.
A jovem possui residência em Santa Catarina, onde sua mãe vive, e no Pará, onde seu pai reside. Segundo o advogado, ela trabalhava como autônoma, vendendo perfumes e lingeries no Brasil.
A Polícia Civil de Santa Catarina não divulgou detalhes sobre a suposta organização criminosa, já que as investigações estão sob sigilo de justiça.
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