O Ministério das Relações Exteriores afirmou que vai acionar a embaixadora da Espanha no Brasil, Mar Fernández-Palacios, para pedir explicações após o jogador Vinicius Junior, do Real Madrid, ser alvo de novas ofensas racistas nesse domingo (21).
Segundo informações do blog da Andréia Sadi, no g1 , o Itamaraty informou que o objetivo da ação é transmitir a posição de repúdio e a cobrança do governo brasileiro em relação ao ocorrido, que se deu durante partida da liga espanhola de futebol.
Nesta segunda-feira (22), a secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura da Rocha, disse que os torcedores do time da casa praticaram mais do que "ignorância" e
"maldade". "Espanta a persistência dos crimes que são cometidos contra o atleta brasileiro, contra todos os afrodescendentes e, sim, contra toda a humanidade, a cada cântico e a cada gesto racista lançado contra o jogador", afirmou.
Por meio das redes sociais, a embaixada espanhola no Brasil disse que condenava "com veemência as manifestações e atitudes racistas", expressando solidariedade ao jogador. Na publicação, a embaixada afirmou que os ataques racistas sofridos por Vinicius Junior "de nenhuma maneira refletem as posições antirracistas da absoluta maioria da população espanhola".
O caso
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram os torcedores do time da casa chamando o atacante brasileiro de "mono" (macaco em espanhol), no estádio Mestalla.
Os ataques foram registrados aos 24 minutos do segundo tempo, após simpatizantes do Valência jogarem uma segunda bola dentro de campo e o camisa 20 reclamar.
Avisado, o juiz conversou com os jogadores das equipes e o sistema de som do estádio reproduziu um aviso afirmando que a partida havia sido interrompida devido a um caso de racismo. O jogo ficou paralisado por cerca de 8 minutos.
Segundo o jornal As , dois dos torcedores que insultaram o brasileiro foram identificados.
Esta não é a primeira vez que Vini Jr. é vítima de ofensas racistas. Em fevereiro deste ano, a LaLiga, responsável pelo Campeonato Espanhol, criou uma comissão para cuidar dos casos de racismo contra o jogador e, à época, o presidente da liga de futebol, Javier Tebas, disse que o problema precisava ser solucionado.
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