Demétrius Oliveira Macedo agrediu colega de trabalho na Prefeitura de Registro, no interior de São Paulo
Reprodução/redes sociais
Demétrius Oliveira Macedo agrediu colega de trabalho na Prefeitura de Registro, no interior de São Paulo

O procurador Demétrius Oliveira de Macedo virou réu por tentativa de feminicídio . A denúncia foi feita pelo Ministério Público e foi aceita, nesta terça-feira, pela Justiça de São Paulo. Macedo foi preso no último dia 23 por espancar sua chefe, a a procuradora-geral do município de Registro Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos. As agressões ocorreram nas instalações da prefeitura do município e foram registradas em vídeo,

A decisão de tornar o procurador réu é do juiz Raphael Ernane Neves, da 1ª Vara de Registro. O acusado tem dez dias para apresentar sua defesa prévia. No documento da denúncia, obtido pelo g1, o MP descreveu a agressão contra Gabriela como "evidente intento homicida". Isso significa que, para o Ministério Público, Macedo tentou matar a procuradora. De acordo com o órgão, o homicídio não foi consumado por "circunstâncias alheias à vontade do agente".

Já a Justiça de São Paulo destacou, em sua decisão, que o "Ministério Público apresentou descrição suficiente dos fatos criminosos relacionados à ofensa à integridade corporal".

A agressão sofrida por Gabriela causou comoção. O vídeo que mostra Macedo desferindo golpes contra ela viralizou nas redes sociais. Ele foi levado para o 1º Distrito Policial e, em depoimento, disse ter espancado a chefe por sofrer assédio moral. O procurador acabou sendo liberado por falta de flagrante, o que causou revolta.

Em entrevista ao GLOBO, Gabriela falou sobre a agressão que sofreu:

"Ele veio com tudo para cima de mim, deu uma cotovelada na minha cabeça, e eu fui arremessada na parede. Então ele começou a socar minha cabeça, e os funcionários ficaram em choque. Um ainda conseguiu gravar parte da surra que ele me deu. Ele me chutou inteira, eu fiquei desfalecida e quando estava levantando ele me deu outra", relatou Gabriela. "Ainda me chamou de tudo, de puta e vagabunda."

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