Lula fica 48 horas na UTI por precaução e previsão de alta é no início da próxima semana

Presidente passou por cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo

Quadro do presidente é estável
Foto: Agência Brasil
Quadro do presidente é estável

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficará 48 horas na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, "por precaução", conforme informado pelo médico particular do mandatário, Roberto Kalil Filho, em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (10). Lula, que passou por uma  cirurgia para drenar uma hemorragia intracraniana, está "tranquilo" e tem previsão de alta para o início da próxima semana.

O hematoma drenado durante o procedimento cirúrgico tinha cerca de três centímetros e estava localizado na região frontoparietal, informou o médico Marcos Stavale durante coletiva nesta manhã. Segundo ele, um dreno ficará no local de um a três dias.

A hemorragia foi controlada e não há sinais de lesão cerebral, o que indica um prognóstico positivo para o mandatário, que não deve ter complicações cognitivas ou motoras. Ainda assim, a recomendação para Lula é "nada de trabalho por enquanto", disse Kalil, adicionando que os boletins de saúde do presidente serão divulgados diariamente.

Ainda conforme o médico, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, é a única acompanhante de Lula no hospital e esteve com ele o tempo todo.

Entenda o caso de Lula

O primeiro boletim médico, divulgado às 3h20 desta terça-feira (10),  afirmou que o presidente sentiu dor de cabeça ainda em Brasília e, após realizar um exame de imagem na unidade hospitalar da capital, foi diagnosticado com uma hemorragia intracraniana decorrente da queda sofrida em 19 de outubro.

Nesta segunda, Lula relatou dor no local da batida, na parte de trás da cabeça, e disse que iria para o Alvorada mais cedo.

A médica da Presidência, Ana Helena Germoglio, o examinou ainda no Planalto e contatou Kalil. Foi decidido que Lula faria novos exames nesta terça.

Mas a dor se intensificou no fim da tarde e o presidente foi encaminhado para a unidade do Hospital Sírio-Libanês em Brasília, onde a equipe médica descobriu a hemorragia que precisava ser drenada. O presidente, então, foi transferido para São Paulo para passar pela cirurgia às pressas. Janja o acompanhou na viagem.

Segundo o boletim médico, Lula fez um procedimento chamado "craniotomia", e a cirurgia foi realizada sem intercorrências.