O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi internado às pressas no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo , na noite desta segunda-feira (9), após apresentar complicações de um acidente doméstico sofrido em outubro. Lula passou por um procedimento cirúrgico para drenagem de um hematoma e, segundo o hospital, encontra-se internado na UTI, mas "está bem".
De acordo com o boletim médico divulgado às 3h20 desta terça-feira (10), o presidente sentiu dor de cabeça ainda em Brasília e, após realizar um exame de imagem na unidade hospitalar da capital, foi diagnosticado com uma hemorragia intracraniana decorrente da queda sofrida em 19 de outubro.
A ressonância magnética confirmou o hematoma, o que levou à transferência imediata de Lula para São Paulo, onde foi submetido a uma craniotomia para drenagem do hematoma. O procedimento ocorreu sem intercorrências, e o boletim médico informou que o presidente "está bem, sob monitorização em leito de UTI". Uma nova atualização será divulgada pela manhã, seguida de uma coletiva de imprensa às 9h.
Lula está sendo monitorado pela equipe médica chefiada pelos médicos Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio.
O acidente doméstico e a recuperação
Em 19 de outubro, Lula sofreu uma queda no banheiro da residência oficial da Presidência, causando um impacto na região da nuca. O presidente recebeu cinco pontos e foi submetido a exames de imagem, que foram repetidos após o incidente. Na ocasião, ele ficou no hospital por cerca de uma hora e foi liberado para retornar à sua residência, mas foi orientado a cancelar viagens longas, incluindo a ida à Rússia para a reunião de cúpula do Brics.
Na época, Lula descreveu o acidente como "grave, mas sem afetar partes mais delicadas" de seu corpo. Em uma conversa com Luiz Caetano, então candidato à Prefeitura de Camaçari (BA), ele comentou que o incidente foi "uma bobagem" e que aguardaria alguns dias para avaliar melhor os possíveis danos.
Lula, que tem 79 anos, já havia passado por uma cirurgia de artroplastia total do quadril direito em setembro de 2023, para substituir a cartilagem desgastada na região. Quando o procedimento completou um ano, o presidente fez exames de revisão para acompanhar sua recuperação.