Com aval de Rodrigo Pacheco, Senado aprova criação da CPI das Bets

O requerimento para a CPI foi apresentado pela senadora Soraya Thronicke

A comissão será composta por 11 titulares e 7 suplentes
Foto: Agência Brasil
A comissão será composta por 11 titulares e 7 suplentes


Com aval de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o Senado aprovou nesta terça-feira (8) a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o impacto dos jogos de azar online, conhecidos como "bets", no orçamento familiar, além de suas possíveis ligações com o crime organizado e lavagem de dinheiro.

O requerimento para a CPI foi apresentado pela senadora Soraya Thronicke e obteve apoio de 31 senadores, superando o número mínimo necessário para a aprovação.

A comissão será composta por 11 titulares e 7 suplentes e terá um prazo de funcionamento de 130 dias. Os trabalhos da CPI serão financiados com um limite de R$ 110 mil.

“O requerimento contém subscritores em número suficiente, nos termos do art. 145, do regimento interno e será publicado para que produza os seus devidos efeitos”, afirmou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A prática de apostas online está crescendo no Brasil, com cerca de 24 milhões de pessoas realizando transferências para plataformas de apostas via Pix em agosto de 2024.

Nesse período, o valor total apostado atingiu R$ 20,8 bilhões, sendo que as plataformas de apostas virtuais receberam 15% desse montante, enquanto o restante foi distribuído como prêmios aos apostadores.


Pesquisa do Banco Central

Uma pesquisa realizada pelo Banco Central destaca que a maioria dos apostadores possui entre 20 e 30 anos, e que o valor médio mensal das transferências tende a aumentar com a idade dos usuários.

Além disso, um estudo recente revelou que cerca de R$ 3 bilhões foram transferidos por beneficiários do Bolsa Família para empresas de apostas virtuais via Pix, em agosto.

Esse valor foi enviado por 5 milhões de famílias, com 4 milhões de chefes de família liderando os transferimentos.

No entanto, as empresas de apostas contestam a veracidade desses números, alegando que os valores são menores e que há discrepâncias na identificação dos perfis dos apostadores e dos beneficiários do programa.

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