Celso Amorim , chefe da assessoria especial de Lula e ex-chanceler, expressou nesta segunda-feira (23) sua profunda indignação com o ataque aéreo de Israel ao Líbano , alertando para o risco de uma escalada para uma "guerra total".
Durante uma conversa com jornalistas em Nova York, antes de um encontro entre Lula e o primeiro-ministro alemão Olaf Scholz, Amorim destacou que uma guerra total envolveria a mobilização de todos os recursos, incluindo econômicos, industriais e humanos, dos países em conflito.
“Eu acho uma coisa tremendamente revoltante, vamos dizer, e perigosa porque ali [há] o risco de uma guerra total. E, veja bem, estamos falando de um lugar onde tem muitos brasileiros", declarou o chanceler, que assessora Lula em assuntos internacionais.
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Um ataque aéreo israelense em larga escala no Líbano, direcionado ao Hezbollah, resultou em um número significativo de vítimas, incluindo crianças, mulheres e profissionais de saúde, tornando-se o dia mais sangrento no país desde a guerra de 2006.
Israel alegou ter atingido um comandante de alto escalão do Hezbollah, enquanto o governo libanês relatou a morte de centenas de civis.
Plano de repatriar brasileiros
O Brasil, por meio do Itamaraty, já está planejando uma operação para repatriar brasileiros caso seja necessário, similar à realizada durante o conflito de 2006.
"Tenho certeza que o Itamaraty já está planejando alguma coisa nesse sentido. Tenho certeza mesmo porque já ouvi eles dizerem, mas a experiência é dura", explicou Amorim.
O assessor especial de Lula confirmou que o encontro entre o presidente brasileiro e o chanceler alemão, Olaf Scholz, abordará temas como o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, as negociações de paz para a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, e ações de preservação ambiental.
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