Presidente Lula tem pedido as atas das eleições da Venezuela
EVARISTO SA
Presidente Lula tem pedido as atas das eleições da Venezuela


A nota divulgada pelo PT (Partido dos Trabalhadores) parabenizando Nicolás Maduro pela sua reeleição na Venezuela gerou inquietação entre aliados do governo Luiz Inácio Lula da Silva, diante da grave crise política que assola o país vizinho.

A reeleição de Maduro, proclamada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), tem sido amplamente contestada tanto pela oposição venezuelana quanto pela comunidade internacional.

A oposição venezuelana alega ter vencido as eleições com 70% dos votos, um resultado que o atual presidente não aceita. A situação foi ainda mais agravada pelo fato de que vários países, incluindo os Estados Unidos, não reconheceram a vitória de Maduro e condenaram sua atuação, acusando-o de autoritarismo.

Além disso, o líder venezuelano tomou medidas drásticas, rompendo relações diplomáticas com o Peru e a Argentina e expulsando diplomatas desses países.

O governo de Lula, que inicialmente exigiu a entrega das atas das eleições para averiguar a transparência do processo, ainda não recebeu os documentos solicitados.

Nesse contexto, a nota do PT, que parabeniza Maduro, tornou-se um ponto de fricção. A carta foi emitida sem a aprovação direta de Lula, que aguarda um parecer final de seu assessor para assuntos internacionais, Celso Amorim.


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Para fazer frente à crítica crescente, Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso e recente membro do PT, foi designado para repudiar publicamente o comportamento de Maduro, chamando o regime venezuelano de ditadura.

Esta manobra visa combater o discurso da oposição, que acusa Lula de apoiar Maduro, e sinalizar uma posição mais crítica em relação à crise venezuelana.

No Palácio do Planalto, a percepção é de que a demora na entrega das atas pelo governo venezuelano tornará cada vez mais difícil para o Brasil manter uma postura neutra.

Celso Amorim já expressou seu descontentamento com a atitude de Maduro e a crescente dificuldade de alinhamento com a política externa brasileira.

A situação continua a evoluir, e resta saber como o governo Lula se posicionará diante da crise em um momento em que o equilíbrio diplomático é importante.

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