Lula pediu o retorno da Venezuela ao Mercosul
Agência Brasil
Lula pediu o retorno da Venezuela ao Mercosul

O presidente  Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta terça-feira (9) que defende o retorno da Venezuela ao Mercosul (Mercado Comum do Sul) . A fala aconteceu em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia , onde o petista se reuniu com o presidente boliviano Luís Arce .

"O bom funcionamento do Mercosul, que tem a satisfação de agora acolher a Bolívia como membro pleno, concorre para a prosperidade comum. Esperamos também poder receber logo e muito rapidamente de volta a Venezuela", destacou.

A Venezuela está suspensa desde 2016. Na ocasião, países-membros do Mercosul alegaram que Caracas não teria cumprido algumas exigências técnicas do bloco, como a interiorização de regulações tarifárias e outras normas.

Depois, uma resolução do Mercosul chegou a alegar que haveria ocorrido uma "ruptura da ordem democrática" na Venezuela. Desta forma, o país estaria violando um dos protocolos que obriga os membros a ter governos comprometidos com a democracia. 

Eleição na Venezuela

A eleição para presidente na Venezuela está marcada para 28 de julho, com o atual mandatário Nicolás Maduro concorrendo novamente. Sobre o assunto, Lula voltou a pedir para que o pleito transcorra de maneira tranquila, com o resultado sendo respeitado. 

"A normalização da vida politica venezuelana significa estabilidade para toda a América do Sul. Por isso, fazemos voto deque as eleições transcorram de forma tranquila e que o resultado seja reconhecido por todos", ressaltou o presidente brasileiro.

Comparação do 8/1 com tentativa de golpe na Bolívia

Lula também comparou os atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023, no Brasil, com a mais nova tentativa de golpe na Bolívia. 

"Em 2022, o Brasil completou o bicentenário de sua independência num dos momentos mais sombrios da sua história. Em vez de celebrar, fomos tomados por uma onda de extremismo que desembocou no 8 de janeiro. O povo boliviano já havia provado desse gosto amargo com o golpe de 2019 e agora se viu acometido pela tentativa de 26 de junho deste ano", disse.

"Não podemos tolerar devaneios autoritários e golpismos. Temos a enorme responsabilidade de defender a democracia contra as tentativas de retrocesso", acrescentou o petista.

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