Mauro Vieira é ministro das Relações Exteriores
José Cruz/Agência Brasil - 15/04/2024
Mauro Vieira é ministro das Relações Exteriores

Em discurso feito neste domingo (7) durante a 64ª cúpula de chefes de Estado do Mercosul , o ministro das Relações Exteriores , Mauro Vieira , comparou a recente tentativa de golpe na Bolívia às manifestações golpistas de 8 de janeiro de 2023 no Brasil .

"Não posso começar esse meu pronunciamento sem me referir, logo de início, à tentativa de golpe de estado ocorrida, há pouco mais de 10 dias, na república da Bolívia. Quero aqui me solidarizar com minha contraparte e amiga Celinda Sosa", disse em aceno à sua homóloga boliviana.

"No Brasil também tivemos de enfrentar, ainda nos primeiros dias desse terceiro mandato do presidente Lula, uma tentativa de reverter, por meio da violência, a vontade soberana do povo, expressa nas urnas. No Brasil, assim como na Bolívia, a democracia venceu – e tenho certeza de que sairá mais forte", afirmou o ministro.

Cúpula do Mercosul

O evento ocorre no Paraguai. Na plateia, estão autoridades políticas e judiciárias dos países que compõem o bloco, como a ministra aposentada do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, que presidiu a Corte durante o 8/1. Atualmente, a ex-magistrada atua como árbitra do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul.

O discurso do ministro ainda incluiu as discussões mantidas com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e o Japão.

"Embora as tratativas estejam em estágios diferentes, vislumbramos o seu potencial, desde que tais parceiros respondam adequadamente às preocupações do Mercosul", afirmou Vieira.

O chanceler aproveitou a fala para informar aos líderes dos outros países o depósito da ratificação do acordo do Mercosul-Palestina, em 3 de julho. Segundo Vieira, a parceria permitirá que o acordo entre vigência no começo do mês de agosto.

“Gostaria de reafirmar o compromisso do Brasil com um Mercosul cada vez mais integrado com nossos irmãos da América do Sul e da América Latina e do Caribe, bem como com importantes parceiros em todo o mundo. Para enfrentar os desafios globais e fortalecer a nossa região, devemos, primeiramente, fortalecer nosso bloco, com instituições robustas, maior integração de nossas cadeias produtivas, mais cooperação e, acima de tudo, com a constante defesa dos nossos princípios fundadores: a paz e a democracia como elementos-chave do processo de integração", concluiu.

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