Doadores do Partido Democrata demonstraram preocupação após o desempenho polêmico de Joe Biden no debate presidencial dos Estados Unidos.
Houve debates com consultores políticos sobre regras de candidaturas e se seria possível remover Biden da disputa, mesmo contra vontade do candidato.
Mega doadores, como Ron Conway e Laurene Powell Jobs, conversaram por mensagens e e-mails sobre “possível catástrofe” no caso de eleição. A ideia, então, seria conversar com a primeira dama Jill Biden para dissuadir a candidatura do marido. As informações são do NY Times.
Grandes doadores cancelaram eventos de doação. Um deles, ao terminar de assistir ao discurso, enviou email para colegas com assunto “Desastre total”.
Os doadores, então, pensam em intervenções diretas. Outros esperam o afastamento voluntário de Biden, ou esperam para ver impacto do discurso nas pesquisas.
Os grandes doadores de Biden, além do apoio financeiro, têm poder de articulação. Perdê-los é problemático para o presidente.
A retirada de doações criou um grande problema: a vantagem financeira de Biden diminuiu drasticamente em comparação a Trump, oponente, nas eleições.
No início, ele tinha uma vantagem de US$ 100 milhões. Em junho, seu caixa acumula US$ 212 milhões contra US$ 235 milhões de Trump.
Biden não quer se afastar
Após o alarme causado pelo discurso, Biden garantiu que continuará na disputa. Disse: “Não sou jovem, mas sei dizer a verdade.”
Recusa de contato
A assessoria de Biden tem tido pouco ou nenhum contato com os doadores. Alguns foram avisados do comitê financeiro nacional do candidato está semana; outros foram pegos de surpresa.
Reid Hoffman ficou surpreso pela quantidade de mensagens: "Recebi muitos e-mails nas últimas 24 horas perguntando se deveria haver uma campanha pública para pressionar o presidente Biden a se afastar depois de seu desempenho (muito) ruim no debate de ontem à noite. Certamente foi um golpe no ânimo dos doadores e organizadores." O trecho é de um email enviado ao Times.