Jean Paul Prates foi demitido da Petrobras
Jefferson Rudy/ Agência Senado
Jean Paul Prates foi demitido da Petrobras


A troca na presidência da Petrobras foi decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que ocorreu por intriga palaciana, segundo nesta terça-feira (14) Jean Paul Prates. Magda Chambriard é a favorita para ocupar o cargo.

De acordo com informações da jornalista Andreia Sadi, da GloboNews, Lula se reuniu com Prates e declarou que precisava do cargo. Participaram do encontro os ministros Alexandre Silveira (PSD-MG), de Minas e Energia, e Rui Costa (PT-BA), da Casa Civil.

O presidente da República reclamou dos resultados apresentados por Jean Paul na Petrobras. Ele relatou que precisava de índices positivos em uma velocidade maior e isso não estava ocorrendo.

Prates discordou de Lula, explicando que tinha a mesma visão do governo e os resultados seriam entreguem a longo prazo. Apesar da frustração da queda, o ex-presidente da Petrobras demonstrou torcida para que a nova presidência entregue resultados na velocidade em que o Palácio do Planalto deseja.

Em conversa com Sadi, Prates declarou que respeita a escolha de Lula, mas que entende que sua queda ocorreu por confusões internas. Já o Planalto acusa Jean de tentar responsabilizar ministros pelo seu desligamento.

A demissão acontece após diversas trocas de farpas entre Prates e Silveira. Recentemente, em meio às divergências públicas, o então presidente da Petrobras até convidou o ministro para um jantar em Houston, nos EUA. No entanto, foi completamente ignorado pelo chefe da pasta de Minas e Energia.

As divergências entre Prates e Silveira sempre remontaram às discussões sobre a política de preços da Petrobras, um tema sensível que gerou atritos entre a estatal e o Ministério de Minas e Energia.

Substituta

A substituta de Prates será Magda Chambriard, segundo informou o blog da Natuza Nery, do g1. De acordo com a publicação, Chambriard já aceitou o convite feito por Lula. Engenheira civil, ela foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de 9 de março de 2012 até o ano de 2016, durante o mandato de Dilma Rousseff (PT).

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