O major foi torturado com varas, pedaços de madeira e açoites de corda ao longo de três dias consecutivos, segundo investigações
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O major foi torturado com varas, pedaços de madeira e açoites de corda ao longo de três dias consecutivos, segundo investigações


Policiais militares de Goiás foram acusados de torturar e tentar assassinar um major durante um curso do Bope (Batalhão de Operações Especiais). Ministério Público e Corregedoria da PMGO conduziram uma investigação que revelou o episódio, mantido em sigilo até então.

Segundo o Portal Metrópoles, a denúncia foi oferecida contra sete PMs por tortura e tentativa de homicídio, após a Corregedoria indiciar os militares. O major, identificado como João (nome fictício), sobreviveu, mas sofreu sequelas.

Os crimes ocorreram em outubro de 2021 durante o 12º Curso de Operações Especiais do Bope, realizado na Base Aérea de Anápolis.

O major foi torturado com varas, pedaços de madeira e açoites de corda ao longo de três dias consecutivos durante uma atividade denominada "Momento Pedagógico", que se revelou extremamente violenta. O estado grave resultou em coma e intubação na UTI, deixando-o com danos permanentes.

Além dos atos de tortura, os policiais tentaram encobrir o crime ao forjar uma internação por Covid-19 com pulmão comprometido, transferindo o major para um hospital sem informar sua família sobre a real situação.

A investigação também aponta para tentativas de ocultação de provas pelos acusados, incluindo acesso indevido a prontuários médicos e envio de informante para obter informações no hospital.

As denúncias incluem tentativa de homicídio e tortura por omissão contra autoridades da PM, como coronel, tenente-coronel e capitão. O Ministério Público solicitou o afastamento dos acusados e a Polícia Militar encaminhou o inquérito à Justiça Militar.

O advogado dos acusados optou por não comentar o caso, alegando sigilo.

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