Sérgio Camargo coleciona polêmicas em sua vida política
Renato Costa/FramePhoto/Folhapress
Sérgio Camargo coleciona polêmicas em sua vida política

Ex-presidente da Fundação PalmaresSérgio Camargo foi punido pela  Controladoria-Geral da União por assédio moral, nesta quarta-feira (17). Por causa das infrações disciplinares cometidas em 2021, quando estava à frente do órgão, Camargo se tornou inelegível por oito anos. Além disso, ele está impossibilidade de ser indicado ou tomar posse para qualquer cargo de confiança do governo. 

Aliado do ex-presidente  Jair Bolsonaro (PL), Sérgio Camargo possui uma longa lista de polêmicas em seu currículo. Abaixo, o Portal iG relembra alguns episódios protagonizados pelo ex-presidente da Fundação Palmares. 

Assédio moral

A acusação que culminou na inelegibilidade de Sérgio Camargo foi revelada pelo programa "Fantástico", da Rede Globo. Segundo a reportagem, o Ministério Público do Trabalho recebeu denúncias de 16 pessoas, entre ex-funcionários, servidores públicos concursados, comissionados e empregados terceirizados.

Segundo a investigação, o presidente da Fundação Palmares era responsável por "perseguição político-ideológica, discriminação e tratamento desrespeitoso" contra seus funcionários. 

De acordo com o MPT, o gestor perseguia "os trabalhadores que ele classifica como 'esquerdistas', promovendo um 'clima de terror psicológico' dentro da Instituição".

Mudança de nome da fundação

Assim que foi convidado a assumir a Fundação Palmares, em 2019, Sérgio Camargo deixou claro que gostaria de mudar o nome do órgão. Nas redes sociais, o gestor afirmou que pretendia rebatizar a instituição para Fundação Princesa Izabel, em homenagem à mulher que assinou a Lei Áurea.

"Não faz sentido homenagear Zumbi [dos Palmares], um líder tirano e escravocrata", escreveu. Apesar disso, a mudança precisaria ser aprovada por outros órgãos federais, algo que não aconteceu. 

Censura a livros de acervo

Um dos casos mais emblemáticos envolvendo Sérgio Camargo aconteceu em junho de 2020. Na ocasião, o gestor ordenou a remoção de páginas do site da Fundação sobre personalidades negras importantes no Brasil - principalmente daquelas que são ligadas à esquerda, como Luís Gama, André Rebouças Carolina de Jesus. 

Dia da Consciência Negra

Em diversos momentos, Sérgio Camargo admitiu ser contra a comemoração do Dia da Consciência Negra. Uma das situações mais polêmicas ocorreu quando ele disse que a escravidão foi "benéfica". As falas levaram a Defensoria Pública da União (DPU) a pedir a suspensão de sua nomeação.  

Ataques à imprensa

Em seu período à frente do órgão, Sérgio Camargo também usou várias vezes as redes sociais para fazer ataques à imprensa. A perseguição à imprensa levou Camargo a ser condenado a pagar R$ 5 mil de indenização por descumprir a ação judicial cautelar de não fazer ataques a qualquer veículo de comunicação em suas redes sociais particulares ou da fundação.

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