A ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi ouvida pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado nesta terça-feira (16) e disse que "não há nenhuma hipótese" de ela deixar o cargo.
“Eu digo que eu me sinto honrada por ocupar esse ministério. Não há nenhuma hipótese de eu desistir desse trabalho. Quem é responsável pela minha nomeação é o presidente Lula que me convidou”, afirmou a ministra.
Ao comandar a pasta com maior orçamento, Nísia lida com pressões do centrão e de alas do próprio PT, por descontentamento no repasse de emendas ao Congresso.
Durante a sua participação na CAS, a ministra foi questionada dados em relação à dengue, ações do governo, vacinação, saúde indígena e aborto. Desde o início da sessão, Nísia foi elogiada por governistas e até independentes. A oposição, no entanto, marcou posição e fez críticas ao trabalho da área da saúde do governo Lula.
Vacinação contra Covid-19
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) questionou a chefe da Saúde sobre quais estudos embasaram a decisão do Ministério pela obrigatoriedade da aplicação da vacina contra a covid-19 em crianças de 6 meses a 5 anos.
Nísia disse que a aprovação de vacinas no Brasil é feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e não pelo Ministério da Saúde. E complementou a resposta informando que o questionamento não tinha respaldo das principais autoridades científicas do mundo.
“É um desserviço à saúde pública, a quem quer proteger a vida, senador Girão, fazer debates parciais que não tem nenhum respaldo das principais sociedades científicas do Brasil, do mundo e da OMS que colocam em dúvida a vacinação, geram pânico na população e sobretudo geram hospitalizações e mortes”, afirmou.