O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu homólogo francês, Emmanuel Macron, se reúnem nesta quinta-feira (28) no Palácio do Planalto, onde devem debater temas como o acordo entre Mercosul e a União Europeia e a guerra entre Rússia e Ucrânia.
O encontro bilateral está marcado para o meio-dia, após cerimônia que irá recepcionar Macron em Brasília. O presidente francês está no Brasil há três dias, e já passou por Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.
Nesta quarta-feira (27), após o 8º Fórum Econômico Brasil-França, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo, Macron disse que o acordo entre Mercosul e França, da forma como está sendo negociado, é "péssimo".
"Eu não defendo esse acordo. Não é o que queremos. Deixemos de lado um acordo de 20 anos atrás e construamos um novo acordo, mais responsável, prevendo questões como o clima e a reciprocidade", disse o presidente francês.
No mesmo evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o Braisl não deve desistir do acordo . "Se foi possível aprovar a reforma tributária depois de 40 anos, por que não, depois de 20 [anos], aprovar um bom acordo União Europeia e o Mercosul?", questionou.
"Reconhecemos alguns desafios que tanto o Brasil quanto a França enfrentam em relação ao tratado. Entretanto, estamos confiantes de que, a longo prazo, os benefícios da integração das duas regiões vão superar as adversidades iniciais, proporcionando expressivos ganhos para Brasil e França e para os demais signatários do acordo", completou Haddad.
O acordo entre Mercosul e União Europeia é negociado há mais de 20 anos, e está travado por falta de consenso com alguns países, como a França.
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