Em 2022, o Brasil registrou 970 mil casamentos civis, representando um aumento de 4% em comparação com o ano anterior. O crescimento foi mais significativo nas uniões homoafetivas, com um aumento de 19,8%. No entanto, o número total de divórcios também aumentou em 2022, e a série histórica do IBGE mostra uma tendência de redução na duração dos casamentos.
Esses dados foram levantados pelo IBGE em cartórios de todo o Brasil no ano de 2022, como parte da pesquisa Estatísticas do Registro Civil.
O número de casamentos tem aumentado em comparação com anos anteriores. Em 2020, durante o primeiro ano da pandemia, houve apenas 757 mil casamentos, enquanto no ano seguinte foram registrados 932,5 mil.
Entretanto, considerando um período mais amplo desde o início da série histórica em 2015, observa-se uma tendência de redução no número de casamentos, com exceção das uniões homoafetivas, que têm aumentado ano após ano. Em 2022, foram registrados 11 mil desses casamentos.
É mais comum haver casamentos entre mulheres do que entre homens. Em 2022, ocorreram 6.632 uniões entre mulheres e 4.390 entre homens.
Desde 2011, o STF reconhece a união entre casais do mesmo sexo como entidade familiar, e em 2013, o CNJ emitiu a resolução nº 175, que determina aos cartórios habilitar ou celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Em 2013, foram registrados 3.700 casamentos entre pessoas do mesmo sexo, representando um aumento de 33,7% desde então.
Os divórcios aumentaram 7,9% em 2022, totalizando 420 mil casos, sendo que 81,1% ocorreram na Justiça e 18,9% foram realizados extrajudicialmente. A idade média das pessoas que se divorciam também aumentou, com homens se divorciando aos 44 anos, em média, e mulheres aos 41 anos, em média.
Além disso, os casamentos estão durando menos tempo, com uma média de 13,8 anos em 2022, em comparação com 15,9 anos em 2010. A maioria dos divórcios (90,6%) ocorreu em comunhão parcial de bens, enquanto apenas 5,1% foram em comunhão universal e 4,3% com separação total.
Em relação à guarda dos filhos menores, os pais compartilham a guarda em apenas 37,8% dos casos de divórcio. Em mais da metade dos casos, a responsabilidade fica com as mulheres (50,3%), enquanto os homens assumem a guarda em apenas 3,3% dos casos.
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