A Polícia Civil de Goiás anunciou a prisão de dois indivíduos em Goiânia, desarticulando uma quadrilha que se passava por diretores de bancos e aplicava golpes em empresários e fazendeiros. O esquema criminoso resultou em um prejuízo estimado em cerca de R$ 9 milhões para as vítimas, em um crime considerado sofisticado pelas autoridades.
Os suspeitos, identificados como Gilberto Rodrigues de Oliveira, de 54 anos, e Girlandio Pereira Chaves, de 49 anos, foram detidos pela polícia, enquanto um terceiro suspeito, Luciano Oliveira Gomes, de 49 anos, permanece foragido. As investigações apontam que o trio utilizava roupas caras e promovia reuniões, apresentando-se como representantes de instituições financeiras de renome.
Durante os encontros, os golpistas prometiam a liberação de empréstimos milionários com condições especiais para fazendeiros e empresários, em troca de uma comissão. Contudo, todas as promessas eram falsas, e as vítimas acabavam lesadas financeiramente. A polícia já identificou sete vítimas do golpe e suspeita que haja outras espalhadas pelo país.
Um dos métodos utilizados pelos criminosos consistia em apresentar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como ferramenta para aplicar o golpe, visando conferir uma aparência de legitimidade aos seus esquemas fraudulentos.
A investigação teve início no final do ano passado, após uma procuradora aposentada do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins relatar ter sido vítima de um golpe, sofrendo um prejuízo de R$ 1 milhão ao tentar obter um empréstimo de R$ 15 milhões. Para dar credibilidade à farsa, os criminosos entregaram à vítima uma bolsa contendo dólares falsos, como "garantia" do empréstimo fictício.
O caso permanece em investigação, com o objetivo de identificar e responsabilizar todos os envolvidos no esquema criminoso.