Kelli Cristine de Oliveira Mafort (dir.) e  ministro-chefe Márcio Macêdo (esq.) em janeiro de 2023
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Kelli Cristine de Oliveira Mafort (dir.) e ministro-chefe Márcio Macêdo (esq.) em janeiro de 2023

O Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, nomeou Kelli Cristine de Oliveira Mafort como a número dois da pasta. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (17).

Kelli assume o cargo de Secretária-Executiva do Ministério, após estar à frente da Secretaria Nacional de Diálogos Socias e Articulação de Políticas Públicas durante 2023. 

Agora, ela irá substituir Maria Coelho, que deixou o cargo após desentendimentos com o ministro durante o caso envolvendo a compra de passagens aéreas para um evento de carnaval fora de época em Aracaju (SE), em dezembro do ano passado. 

Maria era servidora de longa data dos governos Lula. Ela foi exonerada em 9 de janeiro. 

Quem é Kelli Cristine 

A atual número dois do da Secretaria-Geral é ex-coordenadora do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). 

Ela trabalhou como educadora popular e coordenadora pedagógica de programas da Unicamp em parceria com movimentos sociais.

Ela é doutora em Ciências Sociais pela Unesp. Durante o mestrado e no doutorado, foi bolsista do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e fez pesquisas sobre a questão agrária, trabalho, movimentos sociais e gênero.

Carnaval fora de época em Aracaju (SE)

A mudança na organização ocorre em meio a uma crise na Secretaria-Geral. Conforme mostrou o Estadão, a pasta de Márcio Macêdo usou dinheiro público para custear a viagem de três servidores para Aracaju, onde foi realizada uma festa de carnaval fora de época, no fim do ano passado. Um deles foi um fotógrafo oficial da Presidência da República encarregado de registrar o passo a passo de Macêdo durante a festa. O evento não foi registrada na agenda pública do ministro.

O custeio dessas passagens e diárias para uma agenda privada de Macêdo, de acordo com o jornal O Globo, teria motivado o pedido de exoneração de Maria Fernanda Coelho. O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu um processo para apurar o uso indevido de dinheiro público. O ministro admitiu um “erro formal” na emissão das passagens, e os servidores que tiveram a viagem custeada irão devolver os valores aos cofres públicos.

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