ONU pede punição para quem ordenou e financiou ataques de 8/1

Entidade afirma que brasileiros precisam saber "toda a verdade"

Há um ano, golpistas invadiram a praça dos Três Poderes e depredaram os prédios
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - 08.01.2023
Há um ano, golpistas invadiram a praça dos Três Poderes e depredaram os prédios

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que os autores, financiadores e facilitadores dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 sejam investigados e julgados. A entidade afirma que os brasileiros precisam saber de "toda a verdade" sobre o episódio, que completa um ano nesta segunda-feira (8).

"Os ataques do ano passado, consequência da desinformação sobre o resultado das eleições democráticas e do incitamento à violência por líderes políticos, sociais e econômicos, foram uma ameaça extremamente grave à democracia", afirma Liz Throssell, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, de acordo com informações do colunista Jamil Chade, do Uol.

"As pessoas no Brasil precisam saber toda a verdade e não deve haver impunidade, nem para aqueles que realizaram os ataques, nem para aqueles que os ordenaram, financiaram ou facilitaram", completa a porta-voz.

Segundo Liz, a ONU pede que as autoridades brasileiras "conduzam investigações imparciais, eficazes e transparentes em tempo hábil para levar os responsáveis a prestar contas, de acordo com as normas internacionais de direitos humanos".

A porta-voz ainda afirmou que a entidade aplaude os "esforços contínuos do atual governo para reavivar a adesão aos direitos humanos e ao estado de direito, fortalecer o espaço democrático e aumentar a confiança, a participação e a inclusão na sociedade por meio de políticas e programas dedicados".

Em evento nesta segunda-feira no Congresso Nacional para celebrar a democracia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que  "não há perdão para quem atenta contra a democracia".  "Todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos", disse Lula.