Um ano após 8/1, Pacheco anuncia a retirada de grades do Congresso

Presidente do Senado disse que poderes seguem "vigilantes contra traidores da pátria"

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou nesta segunda-feira (8) a retirada das grades que circundam o prédio desde os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, como forma de mostrar que o Legislativo é um poder aberto ao povo brasileiro. Ele disse, ainda, que os Três Poderes estão vigilantes para que ataques deste tipo não se repitam no país.  

"Os poderes permanecem vigilantes contra traidores da pátria, contra essa minoria que deseja tomar o poder ao arrepio da Constituição", afirmou Pacheco na cerimônia Democracia Inabalada , realizada no Senado Federal, para reafirmar o Estado Democrático no país 1 ano após a invasão do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Estaremos sempre abertos ao debate, ao pluralismo e ao dissenso. Nunca toleraremos a violência, o golpismo, o exercício arbitrário de razões, o desrespeito à vontade do povo brasileiro", destacou. 

Pacheco chamou os golpistas de "os inimigos da democracia" que, segundo ele, recorrem à desinformação, ao vandalismo e ao ódio para recrutar parcela da sociedade e usam falso discurso político para chegarem ao poder e se manterem de forma ilegítima.  

"As instituições republicanas, por outro lado, são verdadeiramente fortes. Fortes porque respaldadas pelo mais elementar dos poderes: aquele que emana do povo. Quem tem força, não precisa demonstrá-la de maneira vã. Quem tem força não recorre à bravata. Quem tem força tem respaldo popular, tem respaldo da lei e da Constituição", afirmou. 

Pacheco defendeu ainda a união de todos para superar a polarização política instalada atualmente no Brasil. "Só assim vamos vencer a polarização que nos divide e nos enfraquece enquanto nação".

No início da cerimônia, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Pacheco reinauguraram a volta da obra de Burle Marx, criada em 1973, e que foi vandalizada em 8 de janeiro. A tapeçaria foi restaurada e retornou ao patrimônio do Senado. Além dessa obra, foi apresentada a réplica da Constituição, furtada da sede do Supremo no mesmo dia. O documento foi recuperado sem qualquer dano.