Lula garante Dino no governo até janeiro de 2024

Petista quer ministro em ato contra golpistas em 8 de janeiro antes da saída dela para assumir uma cadeira no STF

Flávio Dino deverá se manter no governo Lula até janeiro de 2024
Foto: Pedro França/Agência Senado
Flávio Dino deverá se manter no governo Lula até janeiro de 2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu que Flávio Dino continuará à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública pelo menos até 8 de janeiro de 2024. A declaração foi dada em reunião ministerial realizada nesta quarta-feira (20).

Lula cobrou a presença de Dino e outros ministros em um ato preparado pelo governo em alusão ao primeiro ano dos atos golpistas de 8 de janeiro. O evento é uma ação do petista para mostrar o “fortalecimento da democracia”, após a tentativa de golpe e as invasões aos prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).

"Ele vai ficar como ministro até o dia 8, porque dia 8 nós estamos convidando um ato, sabe? Para lembrar a tentativa de golpe no dia 8 de janeiro. Nós estamos tentando convocar um ato, que vai ser convocado por mim, pelo presidente da Suprema Corte, pelo presidente do Senado, e pelo presidente da Câmara"

Dino foi aprovado pelo Senado para assumir a cadeira vaga de Rosa Weber no STF e deve tomar posse em 22 de fevereiro. Até lá, segundo Lula, o ministro continuará com suas ações no governo.

Ao comentar sobre a aprovação de Dino, o petista cobrou cautela e discrição do ministro, mas brincou ao dizer que espera um “comunista do bem” na Suprema Corte. Antes, Lula já havia citado que Flávio Dino era o primeiro ministro comunista do STF, em alusão ao PCdoB, partido em que o novo membro da Corte foi filiado por 15 anos.

“Segundo a extrema-direita, foi o primeiro comunista a assumir a Suprema Corte. E eu espero que seja um comunista do bem. Que tenha amor, carinho, e sobretudo, que seja justo. Porque ali não pode prevalecer apenas a visão ideológica”, afirmou.

“Um ministro da Suprema Corte não tem que ficar dando entrevista, não tem que ficar dando palpite sobre os votos. Ele fala nos autos do processo e é isso que interessa para quem recorre à Suprema Corte”, concluiu Lula.