Partidos que inicialmente eram contra à criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o rompimento de uma mina em Maceió concluíram a escalação de membros, prevendo a instalação do colegiado na próxima terça-feira (12), conforme informações do jornalista Lauro Jardim.
O PT indicou Rogério Carvalho (SE) como titular, enquanto Fabiano Contarato (ES) assumirá a suplência. A presidência da CPI deve ficar a cargo de Omar Aziz (PSD), com a relatoria a cargo de Renan Calheiros (MDB-AL), que foi o maior defensor da CPI no Senado.
No Bloco Democracia, os titulares serão Renan Calheiros, Efraim Filho (União), Cid Gomes (PDT) e Rodrigo Cunha (PSDB), com suplências de Fernando Farias (MDB), Jayme Campos (União), Soraya Thronicke (Podemos) e Leila Barros (PDT).
O Bloco Resistência Democrática contará com Omar Aziz (PSD), Jorge Kajuru (PSB), Otto Alencar (PSD) e Rogério Carvalho, enquanto Ângelo Coronel (PSD) será o suplente.
Já o Bloco Vanguarda terá Wellington Fagundes (PL) e Eduardo Gomes (PL) como titulares, com Magno Malta (ES) como suplente. O bloco Aliança terá Hiran Gonçalves (PP) como titular e Cleitinho (PL) como suplente.
A instalação da comissão vai contra o desejo do Palácio do Planalto, senadores governistas, prefeitura de Maceió e Arthur Lira, presidente da Câmara, que emplacou aliados na CPI, incluindo Hiran Gonçalves. Rodrigo Cunha, rival político de Renan em Alagoas, também está escalado para integrar a comissão.
Desde o dia 29 de novembro, a prefeitura de Maceió decretou situação de emergência devido ao risco iminente de rompimento da mina.
A mina é uma das 35 administradas pela petroquímica Braskem no município para a extração de sal-gema.
O colapso parcial da mina 18 foi precedido por vários dias de alertas sobre o risco iminente de colapso. Esses alertas já tinham resultado na evacuação emergencial da área afetada.