O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), anunciou nesta segunda-feira (11) a decisão de expropriar a área impactada pela Braskem em Maceió (AL) para transformá-la em um parque estadual. Ele afirmou que essa medida visa preservar a história dos cerca de 60 mil habitantes que foram obrigados a deixar suas casas devido ao perigo de colapso causado pela exploração de sal-gema pela empresa.
O objetivo é transformar a região que compreende aproximadamente 3km² em um parque ambiental.
"Determinei a desapropriação daquela área que foi comprada pela Braskem para se tornar um grande parque estadual em respeito à memória de todos que moraram, se criaram, que tem histórias e boas recordações nesses bairros que foram perversamente atingidos pelos crimes das Braskem", disse Dantas.
Os bairros Mutange, Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro e parte do Farol estão sob posse da Braskem, após um acordo estabelecido entre a Prefeitura de Maceió e a empresa, o qual previa uma compensação financeira de R$ 1,7 bilhão para o município.
A Braskem ainda não se posicionou sobre o assunto.
Próximo à estabilização?
O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC), disse que "há uma tendência de estabilização" após o rompimento de parte da mina 18 da Braskem na capital alagoana, na tarde deste domingo. A região já havia sido evacuada e não houve feridos. Os danos, no entanto, ainda são avaliados.
"Há uma tendência agora de estabilização. Os danos e impactos ambientais só podem ser medidos após todo o evento", disse o prefeito enquanto sobrevoava o local em vídeo publicado nas redes sociais.
O colapso parcial da mina 18 foi precedido por vários dias de alertas sobre o risco iminente de colapso. Esses alertas já tinham resultado na evacuação emergencial da área afetada. Veja o vídeo
Desde o dia 29 de novembro, a prefeitura de Maceió decretou situação de emergência devido ao risco iminente de rompimento da mina. A mina é uma das 35 administradas pela petroquímica Braskem no município para a extração de sal-gema.