A cúpula militar brasileira está em alerta diante de previsões que apontam para uma possível invasão venezuelana à região disputada de Essequibo, na Guiana.
As informações, divulgadas nesta quarta-feira (6) pelo jornalista Igor Gadelha, indicam que os militares brasileiros acreditam que, se a Venezuela optar por uma invasão, esta seria por via marítima, não terrestre.
A dificuldade em realizar uma invasão terrestre é destacada devido à densa selva que compõe a fronteira entre Venezuela e Guiana, tornando o deslocamento de tropas e viaturas blindadas uma tarefa desafiadora.
Nesse contexto, a fronteira Brasil-Guiana, com uma vegetação menos densa, é considerada estratégica pelas autoridades militares brasileiras.
O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já sinalizou que não permitirá a entrada de militares venezuelanos por essa fronteira.
O Exército brasileiro reforçou essa posição ao enviar veículos blindados para a região, demonstrando a determinação do país em se opor a uma eventual invasão.
A possibilidade de uma invasão marítima é considerada mais viável, com o Oceano Atlântico sendo apontado como o caminho preferencial para o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Militares brasileiros especulam sobre o possível envolvimento de potências internacionais, como Estados Unidos e Inglaterra, para impedir uma anexação venezuelana na região disputada.
Diante desse cenário tenso, o presidente Lula convocou o ministro da Defesa, José Múcio, para uma reunião em Brasília. Além disso, estão previstas conversas com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e com o ex-chanceler Celso Amorim, atual assessor internacional de Lula.
A expectativa é que desses encontros resulte uma posição mais clara do Brasil em relação às tensões na região e ações diplomáticas para lidar com a situação, buscando soluções pacíficas e cooperação internacional.