A PGR (Procuradoria-Geral da República) recebeu um pedido de reabertura do inquérito do acidente de avião que ocasionou na morte do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em 2014. A solicitação foi feita pelo irmão do político, o advogado Antônio Campos, e encaminhada pelo juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, da TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região).
A ação foi arquivada em 2019 pelo Ministério Público Federal. Segundo o órgão, a inoperância de alguns equipamentos da aeronave impediu o prosseguimento da investigação, ou seja, não era possível apontar o motivo do acidente.
Porém, em 2018, uma investigação policial apontou quatro possíveis causas para a tragédia: coalisão com elemento externo, desorientação espacial, falha de profundor ou falha de compensador.
Por conta disso, há quatro anos a família Campos tem lutado na justiça para que o inquérito seja reaberto. No ano passado, Antônio Campos chegou a confessar que acreditava na possibilidade do seu irmão ter sido assassinado.
“O Brasil precisa saber a causa do acidente, se teve conotação política e se existe a real possibilidade de Eduardo Campos ter sido assassinado”, comentou em entrevista à Folha de S.Paulo. Ele não insinuou ou acusou qualquer pessoa.
Morte de Eduardo Campos
Em 13 de agosto de 2014, quando se iniciou a campanha eleitoral à Presidência, Eduardo Campos e outras seis pessoas faleceram em um acidente aéreo em Santos (SP).
À época, Eduardo era terceiro colocado com 9% das intenções de votos, segundo pesquisa Ibope feita uma semana antes da sua morte.
Com a tragédia, Marina Silva (Rede-SP), que era vice da chapa, foi escolhida para substituir Campos como candidata principal. Ela terminou em terceiro lugar no primeiro turno e apoiou Aécio Neves (PSDB-MG) no segundo. No fim, Dilma Rousseff (PT-MG) foi reeleita.