O caso do acidente aéreo que resultou na morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB) há nove anos ganhou novos desdobramentos após uma entrevista concedida pelo advogado do político à Folha de Pernambuco. Antônio Campos anunciou o pedido de reabertura do inquérito e levantou a possibilidade de que seu irmão tenha sido assassinado.
“O Brasil precisa saber a causa do acidente, se teve conotação política e se existe a real possibilidade de Eduardo Campos ter sido assassinado”, declarou.
O acidente, que aconteceu em Santos (SP), tirou a vida de Eduardo Campos e mais seis pessoas que estavam a bordo de uma aeronave. As circunstâncias do ocorrido mudaram o rumo eleitoral daquele ano, terminou na reeleição de Dilma Rousseff (PT-MG), que, posteriormente, sofreu um impeachment.
Antônio Campos revelou que está preparando uma petição para ingressar na 4ª Vara Federal de São Paulo, com o objetivo de pedir a reabertura do episódio. Ele baseia sua solicitção em indícios de que o acidente não foi simplesmente uma tragédia aérea. O advogado e o perito Carlos Camacho têm investigado o caso desde o começo e afirmam que reuniram novas provas relevantes nos últimos meses. Além disso, apontam as inconsistências presentes no inquérito inconclusivo conduzido pela Polícia Federal.
A petição será protocolada no dia 13 de agosto, data em que se completam nove anos da morte de Eduardo Campos. Antônio Campos também informou que encaminhará o documento ao Procurador Geral da República, Augusto Aras, e ao ministro da Justiça, Flávio Dino. No entanto, ele ressaltou que a possibilidade de envolver o PT no acidente ainda não está comprovada, e prefere não fazer precipitadas acusações.
O advogado afirmou ter alcançado uma vitória no processo quando a 4ª Vara Federal de Santos expediu um ofício cobrando do Ministério da Justiça maior agilidade no cumprimento da carta rogatória para que a fabricante da aeronave, localizada nos Estados Unidos, apresente a produção técnica sobre a queda do jato.