Nesta sexta-feira (3), a Polícia Federal fez uma solicitação ao Supremo Tribunal Federal, requerendo uma extensão de prazo de 60 dias para conduzir uma investigação referente a uma notícia-crime envolvendo o deputado André Janones (Avante-MG).
A investigação tem como foco alegações de desvio de recursos públicos pelo deputado, baseadas em uma denúncia anônima, segundo informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
A origem da investigação remonta à divisão da PF em Uberlândia (MG), mas devido ao foro privilegiado de Janones, o caso foi transferido para o Supremo Tribunal Federal. Além do deputado, a prefeita de Ituiutaba (MG), Leandra Guedes, que já foi assessora de Janones na Câmara, também está envolvida na queixa.
O ministro Luiz Fux, relator do caso no STF, requisitou à Procuradoria-Geral da República que se manifeste a respeito do pedido da PF para a extensão do prazo.
A Polícia Federal alega a existência de diligências pendentes na investigação que justificam a ampliação do período de apuração.
Além dessa investigação, André Janones também se tornou alvo de outro caso no Supremo Tribunal Federal durante a mesma semana. Um grupo composto por 41 deputados bolsonaristas o processou com base em seu novo livro, que está programado para ser lançado ainda neste mês.
A alegação dos parlamentares é o uso de informações falsas, ou fake news, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) durante as eleições de 2022.
Na ocasião, o deputado foi um dos protagonistas da campanha vitoriosa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Janones criou narrativas nas redes sociais contra Bolsonaro, invertendo a estratégia adotada por bolsonaristas em outras disputas eleitorais.