Comunicação não vai lacrar, diz ministro de Lula ao rebater Janones

Paulo Pimenta está sendo criticado pelo deputado federal

Paulo Pimenta e André Janones estão em pé de guerra nos últimos dias
Foto: Montagem
Paulo Pimenta e André Janones estão em pé de guerra nos últimos dias


O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência ( Secom ), Paulo Pimenta (PT), rebateu nesta sexta-feira (2) o deputado federal André Janones (Avante-MG). O petista virou alvo do parlamentar por conta da forma com que o governo tem se comunicado com os brasileiros, principalmente nas redes sociais.

Janones se tornou um dos protagonistas da campanha de Lula em 2022 ao fazer diversos enfrentamentos nas redes sociais contra os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).

Apesar de ser da base do governo, o deputado passou a acusar a comunicação do governo de estar “cheio de analfabeto digital”. Na visão do parlamentar, há muitos “erros” cometidos pela Administração, enfraquecendo o poder de negociação do Planalto com o Congresso Nacional.

Em entrevista ao Conexão GloboNews, Paulo Pimenta afirmou que a Secom tem diversas limitações legais para trabalhar nas redes sociais. Também declarou que é função da pasta se comunicar com todos os brasileiros e não se limitando apenas aos eleitores de Lula.

"Na campanha eleitoral, você comunica com as pessoas que você quer o voto, você faz uma comunicação segmentada. Quem ganha a eleição tem que governar para todos", comentou. “Nós queremos ser um governo de união e reconstrução. Então não esperem da Secom uma política de lacração, uma política de likes. Não é essa função da Secom e muitas vezes as pessoas confundem o trabalho”.

Paulo Pimenta não quer polarizar a Secom

André Janones falou nesta semana que os grupos de direita e extrema-direita são mais eficientes ao se comunicarem com a população nas redes sociais, atingindo moradores de cidades pequenas, enquanto a esquerda tem dificuldade em encontrar mecanismo para atingir esse público.

Porém, Paulo Pimenta relatou que não é função da Secom usar artifícios para polarizar a sociedade brasileira.

"Parte da nossa base talvez tenha imaginado que nós seríamos uma espécie de gabinete do ódio ao contrário, para alimentar esse ambiente, que dá muito mais engajamento, provoca mais polêmica, mas não é esse o papel da Secom. O papel da Secom é prestação de serviço, informação e comunicação institucional", concluiu.


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