Após crise interna envolvendo a assessora especial da ministra Anielle Franco , Marcelle Decothé, Alexandre Padilha e Juscelino Filho pediram exoneração dela. A solicitação, feita internamente ao Ministério da Igualdade Racial, foi oficializada em nota.
"De acordo com esses princípios, e para evitar que atitudes não alinhadas a esse propósito interfiram no cumprimento de nossa missão institucional, informamos que Marcelle Decothé da Silva foi exonerada do cargo de Chefe da Assessoria Especial deste Ministério na data de hoje. As manifestações públicas da servidora em suas redes estão em evidente desacordo com as políticas e objetivos do MIR", diz o texto.
O MIR afirmou que preza pela boa conduta das servidoras e servidores que compõem a pasta.
"O recém-instalado pelo Ministério, o Comitê de Integridade, Transparência, Ética e Responsabilização - instância interna de debate e deliberação sobre situações que envolvam temas de transparência, integridade pública, ética e questões disciplinares de caráter abrangente – vai investigar o caso e atuar para prevenir ocorrências que contrariem os princípios norteadores da missão do Ministério" finaliza a nota.
Crise motivada por postagens em redes sociais
No último domingo (24), Marcelle Decothé publicou no Instagram críticas à torcida do São Paulo “branca, descendente de europeu safado”. Em resposta o presidente do clube, Julio Casares , afirmou que aguardava "com urgência, as providências cabíveis". Ela também manifestou indignação contra diretoria do Flamengo “fascista”, disse na postagem.
A ministra pediu desculpas ao presidente de São Paulo, Julio Casares, por ligação.O comunicado oficial explica que Anielle “recebeu a informação a respeito da postagem das servidoras em perfil privado de rede social e que, ainda que as postagens tenham sido feitas em tom informal, o caso será submetido às instâncias internas de investigação para apuração da conduta das servidoras".