Tabata Amaral chama Boulos de ‘imaturo’: “Falta de seriedade”

Deputada Tabata Amaral é pré-candidata a prefeita em São Paulo

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Tabata Amaral


A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), pré-candidata a prefeita de São Paulo, chamou o deputado federal Guilherme Boulos de ‘imaturo’. Em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada no último domingo (24), a parlamentar afirmou que o psolista tem dificuldade para dialogar com outros grupos políticos.

“Boulos, ao longo de sua história, já teve posicionamentos com os quais discordo em absoluto. Talvez a diferença maior seja que, para mim, os fins não justificam os meios. Mas, se me perguntar se acho que o radicalismo é o maior problema do Boulos, não acho. O maior é a falta de seriedade e maturidade”, afirmou.

“Se você quer conversar e resolver o problema, não pode ir no Twitter e romper a ponte com alguém que está posto [eleito]. A questão da Sabesp não vai ser resolvida se não dialogar com o Tarcísio. No transporte, o debate da tarifa zero não vai ser feito se não conversar com o governador e com o governo federal”, acrescentou.

“Quando falo de extremos, não é no sentido de ter medo do bicho-papão. Não faço esse jogo de rede social. Pelo contrário, é mostrar que é muito complexo ficar brincando de que vai resolver as coisas”, completou.

Na avaliação de Tabata, Boulos é um político “radical” e que tem discordâncias em relação ao psolista. “Tenho discordâncias profundas na forma e no conteúdo com os dois, mas eles são muito diferentes entre si. Como prefeita, vou ter que dialogar com Tarcísio [de Freitas, governador] e com Lula. Tem que ter mais diálogo, e não vejo o Boulos representando isso, pela postura, pela fala dele”, explicou.


Tabata Amaral critica Ricardo Nunes

Tabata também criticou Ricardo Nunes, afirmando que o prefeito tem acusações graves para responder.

“Vou ser muito cuidadosa aqui, mas o Nunes não é prefeito de São Paulo. A população não votou nele. Ele é resultado de um arranjo político. É uma figura que carrega acusações graves, de violência doméstica, de envolvimento com corrupção e máfia das creches. E é alguém que fica pequeno na cadeira de prefeito. A forma como ele usa os R$ 35 bilhões que a cidade tem em caixa demonstra isso”, pontuou.