O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes prorrogou por mais 90 dias o inquérito das milícias digitais. Esta é a oitava vez em que houve a prorrogação do prazo. A investigação foi aberta em julho de 2021 para apurar a disseminação de ataques contra a democracia e o Estado democrático de direito na internet.
Em despacho, Moraes, que é o relator do caso, justificou que o novo adiamento deve-se “a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento”.
É neste inquérito que surgiram novas questões contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) , como o caso das joias sauditas, a fraude no cartão de vacinação contra a Covid-19 e a troca de mensagens sobre um suposto plano golpista.
Ainda, a delação premiada do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens, Mauro Cid , homologada recentemente por Alexandre de Moraes, também está ligada ao inquérito das milícias digitais. É esperando que Cid contribua com essas investigações, especialmente no que tange ao suposto plano antidemocrático, visto que a Polícia Federal encontrou no celular dele mensagens sobre "uma minuta de declaração de estado de sítio no país".
Foi incluído no inquérito das milícias digitais também uma operação da PF que cumpriu mandados de busca e apreensão contra oito empresários que teriam trocado mensagens de teor golpista em um grupo de WhatsApp, em agosto de 2022 . Investigadores ainda analisam os textos enviados e os consideram essenciais para fechar a investigação.