Lula e Biden dialogaram sobre fim das sanções na Venezuela em reunião

Presidentes também firmaram um acordo de parceria pelos Direitos dos Trabalhadores entre os dois países

Foto: Reprodução: Ricardo Stuckert
Presidente Lula e Joe Biden

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden , conversaram sobre o fim das sanções e o processo de diálogo político com a Venezuela durante encontro bilateral em Nova York, nos Estados Unidos, na quarta-feira (20).

Segundo a Casa Branca,  Lula e Biden "observaram a importância da restauração da democracia na Venezuela, e o Presidente Biden reiterou o apoio dos Estados Unidos ao povo da Venezuela e delineou a visão de uma abordagem passo a passo, onde ações concretas para restaurar a democracia venezuelana, que conduzam a eleições livres e justas, são respondidas pelo correspondente alívio das sanções por parte dos Estados Unidos".

Lula tem defendido que as sanções aos venezuelanos não funcionam. Além disso, o presidente brasileiro também já criticou as sanções dos países do Ocidente contra a Rússia, como forma de colocar um fim na guerra com a Ucrânia .

Nesta semana, durante o discurso da Assembleia Geral da ONU , Lula disse que "as sanções unilaterais causam grande prejuízos à população dos países afetados. Além de não alcançarem seus alegados objetivos, dificultam os processos de mediação, prevenção e resolução pacífica de conflitos".

Ainda, Lula e Biden anunciaram uma parceria pelos Direitos dos Trabalhadores, que propõe ações conjuntas entre os dois países para melhorias nas condições de trabalho.

"Tanto o Presidente como eu partilhamos uma visão comum em que os trabalhadores e as suas famílias são protegidos, capacitados e elevados na nossa formulação de políticas econômicas", afirmou o líder norte-americano.


Lula respondeu que está muito feliz "com nossa visão comum e a importante iniciativa conjunta de promover melhores condições para os trabalhadores e suas famílias".

"Esta inédita parceria entre Brasil e Estados Unidos se concentra em cinco desafios urgentes. A proteção de direitos trabalhistas, a promoção do trabalho digno nos investimentos público e privado, o combate à discriminação no local de trabalho e abordagens centradas nos trabalhadores na transição para as energias limpas e o uso da tecnologia e das transições digitais em prol do trabalho decente. Precisamos garantir que as novas tecnologias sirvam para melhorar a qualidade de vida de todos e todas. Vamos continuar a colocar o direito dos trabalhadores no centro das discussões de fóruns multilaterais, seja na OIT, na presidência brasileira do G20 ou na COP30", explicou o presidente brasileiro.