A pastora Irmã Mônica e Marco Feliciano, também pastor, discutem de forma calorosa
Reprodução/Redes Sociais – 21.09.2023
A pastora Irmã Mônica e Marco Feliciano, também pastor, discutem de forma calorosa

Um incidente envolvendo a membra da Congregação Cristã no Brasil, Irmã Mônica, ganhou destaque nesta quarta-feira (20) e provocou um aumento de 170% nas buscas pelo pastor e deputado federal  Marco Feliciano (PL-SP) no Google Trends.

Uma foto compartilhada nas redes da pastora mostra o momento em que ela e o pastor discutem de forma calorosa. A confusão foi tamanha que ambos tiveram que ser separados pelo ativista Toni Reis, para evitar uma agressão ainda maior.

Irmã Mônica usou as redes sociais para rotular Marco Feliciano como o "pastor das fake news". No texto, a pastora criticou Feliciano por ele, supostamente cobrar cachê de R$ 18 mil para fazer suas pregações em igrejas evangélicas ao redor do país.

"O 'pastor das fake news' que cobra R$ 18 mil para pregar nas igrejas querendo apontar o dedo para mim? Abaixe seu dedo diante de uma verdadeira serva de Deus! O amor e a verdade sempre prevalecerão! O senhor não me intimida!!! Amém.", ironizou. 

Não é a primeira vez que Marco Feliciano é confrontado por membros e ativistas do evangelismo. Na sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, o deputado se envolveu em um atrito com a senadora Eliziane Gama (PSD-MA),  relatora da Comissão.

Ela o chamou de "pessoa abjeta" e questionou seu título de pastor, argumentando que suas atitudes misóginas e provocativas não condizem com a figura de um verdadeiro pastor. Eliziane Gama destacou que pastores autênticos não promovem o ódio e afirmou que não mais o chamaria de pastor, como solicitado por Marco Feliciano, pois ele não merece esse título. A pastora afirmou que “as tentativas de intimidação” não a afetam.

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Proibição do casamento homoafetivo em pauta

Ainda ontem, a reunião da Comissão de Previdência e Família, que discutiu o Projeto de Lei que propõe a proibição do casamento civil homoafetivo, também foi palco de confusão, acusações e atos transfóbicos por parte de deputados bolsonaristas contra representantes da comunidade LGBTQIAPN+. 

Um dos momentos ocorreu quando o deputado federal Pastor Isidório (Avante-BA) proferiu comentários transfóbicos em relação à deputada Erika Hilton (PSOL-SP), referindo-se a ela como "amigo".

Outro destaque ocorreu quando o deputado  Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) esclareceu aos deputados de extrema direita o conceito de Estado Laico, enfatizando que o Estado não deve se confundir com a igreja.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do deputado Marco Feliciano, mas até o momento não recebemos retorno. O espaço está aberto para esclarecimentos.*

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