O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, realizou o discurso de abertura do debate-geral da Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (19).
Em seu pronunciamento, Lula abordou uma série de questões globais, destacando o compromisso do Brasil com o combate à fome, a luta contra a desigualdade, a busca pela paz em cenários de guerra, a urgência das mudanças climáticas e suas críticas aos órgãos internacionais.
Confira os principais pontos do discurso abaixo:
Combate à Fome: Prioridade global
Lula enfatizou a gravidade da fome no mundo, apontando que 735 milhões de pessoas enfrentam a incerteza de ter comida para o próximo dia. Ele reiterou a necessidade de a comunidade internacional se unir para enfrentar esse desafio urgente.
Desigualdade: Defesa da inclusão
O presidente brasileiro abordou a persistente desigualdade global e a falta de vontade política para combatê-la. Ele defendeu a importância de combater o racismo, a LGBTfobia, o preconceito de gênero e a discriminação contra pessoas com deficiência. Lula instou os órgãos internacionais a trabalharem em conjunto para criar um mundo mais justo e inclusivo.
Paz e Conflitos Armados: Críticas à ineficácia da ONU
Lula criticou os conflitos armados ao redor do mundo e destacou a Guerra na Ucrânia como um exemplo da incapacidade da ONU em garantir a paz. Ele também expressou descontentamento com as sanções impostas à Rússia e instou os líderes mundiais a buscarem soluções pacíficas para os conflitos.
Meio Ambiente e Mudança Climática
O presidente brasileiro destacou as tragédias ambientais no Rio Grande do Sul, Líbano e Marrocos como evidências da urgência das mudanças climáticas. Lula enfatizou a necessidade de os países ricos assumirem a responsabilidade de proteger o meio ambiente e cumprir o Acordo de Paris. Ele também mencionou os esforços do Brasil em direção ao desenvolvimento sustentável.
Críticas aos Órgãos Internacionais
Lula não poupou críticas ao FMI, ao Banco Mundial e à própria ONU. Ele apontou para disparidades de financiamento, acusando o FMI de priorizar a Europa em detrimento da África. Além disso, expressou preocupação com a perda de credibilidade da Secretaria de Segurança da ONU.
Extrema-Direita e Neoliberalismo: Desafios à democracia
O líder brasileiro fez críticas aos políticos de extrema-direita, rotulando-os de "aventureiros" que negam a política e oferecem soluções simplistas e equivocadas. Ele também responsabilizou o neoliberalismo pela agravante "desigualdade econômica e política".