Na sessão desta terça-feira (29) da CPI do MST, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) trouxe à tona a informação de que o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (PL-SP), se tornou réu na Justiça Federal do Pará devido ao seu período no cargo.
Durante sua intervenção, Sâmia criticou a escolha de Salles como relator da comissão, levantando questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse que poderiam estar alinhados com a desmobilização da reforma agrária.
De forma contundente, a deputada exibiu placas que continham denúncias contra Ricardo Salles, relacionadas ao seu desempenho como ministro, como forma de embasar seus argumentos. Bomfim fez questão de mostrar os cartazes para evitar interrupções em seu discurso.
No entanto, a sessão tomou um rumo inesperado quando a Procuradoria-Geral da República começou a investigar possíveis violações políticas contra Sâmia, após o presidente da CPI interromper seu microfone durante seu pronunciamento.
Salles, em um primeiro momento, optou por não responder diretamente às provocação da deputada, mas posteriormente fez uma declaração afirmando que a área indígena visitada durante a CPI não pertencia, de fato, aos indígenas, mas sim a invasores.
Além disso, o nome do deputado foi mencionado novamente, desta vez pela deputada Gleisi Hoffmann (PT-RS). A petista alegou ter sido inocentada em uma denúncia, o que levou Salles a alegar falta de isenção na denúncia. Gleisi, por sua vez, reiterou sua inocência.
Vídeo:
Ricardo Salles é réu por toda sorte de crimes. Hoje na CPI fiz questão de listar quais! Esse sujeito não reúne qualquer condição para conduzir uma investigação contra os movimentos sociais. Com essa ficha corrida, o futuro do RÉUlator será o mesmo de toda a quadrilha bolsonarista pic.twitter.com/vxrSA13KiB
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) August 29, 2023